sábado, 23 de julho de 2016

A verdadeira arte de amar

          Leia e ouça: Me Espera

          A gente sabe que ama alguém. A gente sempre sabe. E dá um jeito das outras pessoas saberem também. Fica estampado no sorriso largo, brilha no olhar, o nome dele sai da sua boca sem você nem perceber. E quando você vê já tá fazendo planos, falando dele nas conversas com meio estranhos, nem que seja só pra alguém saber que ele existe.

            Não dá pra explicar o real momento em que o amor acontece. Ele só acontece, e essa é a graça. A gente se pega pensando quando foi que deu aquele click na alma, e se lembra de tantas coisas bobas que te fizeram rir por nada. De repente você se pega sorrindo de novo. Tudo ainda está ali.

            Foram os beijos? As conversas intermináveis ao longo da madrugada? Foi o sorriso dele? O olhar? O jeito que ele te abraça o corpo e a alma? A gente vai morrer sem saber, eu aposto. E por falar em apostas, amar é apostar seu tempo em alguém. É desejar, sonhar, torcer... Tudo isso com outro coração do lado.

            Amar é sorte nos tempos de cólera. Amor é poesia e amar é rima. Amar é conceder e aprender a esperar. Amar não é fácil, mas tenho certeza que é um dos maiores prazeres dessa vida. Amar é dividir e compartilhar até as dores e dissabores. Amor é ensinamento, um exercício diário de entrega e ressignificação da vida.

            Eu poderia dar mais mil definições do que é amar alguém, mas por mais clichê que seja o amor é sempre diferente. E por mais que muitas vezes ele comece simples, com uma palavra, um encontro ou um olhar, a verdadeira arte de amar está em fazer esse sentimento durar todos os outros dias.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Tudo que eu já disse, agora repito.

Leia e Ouça: Thinking out loud

             É a mais pura verdade quando digo que você me inspira. Você me faz passar horas escrevendo, quando já é bem tarde da noite e eu tenho que acordar cedo no dia seguinte, como faço agora. Por você eu já mudei muito... Eu que batia no peito com todo o meu orgulho, hoje mudei por você e por mim.
            Os sonhos que eram seus, agora são meus também. O apartamento com capacho na porta, a sala de tv, a cama de casal. A viagem pro Uruguai - logo eu que não pronuncio meia palavra em espanhol. Depois de você, me despi de preconceitos, de medos e inseguranças comigo e com os outros. O medo de me entregar, o medo de confiar em alguém, o medo de amar de novo.
             Contigo aprendi a perdoar, aprendi também a ceder, e não porque esse é o certo a fazer, mas sim porque é o melhor pra nós dois. Porque é isso que me importa agora: Nós dois. E daqui um tempo nós três, ou nós quatro porque esse amor tem que ser multiplicado. O que era singular, depois de você, virou plural.
            E se não fosse nós dois, eu ainda seria uma cabeça dura e teimosa, que justificava seus erros com os erros dos outros, e tentava se completar onde não há amor. Se não fosse você eu não teria feito tanta coisa, e não desejaria outras tantas. Eu já teria desistido de tudo se não fosse por nós dois. Tudo que eu já disse agora repito, em outras palavras pra tentar explicar que se isso não é amor, eu sei lá o que pode ser.