domingo, 27 de dezembro de 2015

Fomos feitos pra durar

Leia e ouça: Último Romance

   Cientificamente o tempo é o senhor de si. Não depende de nada, nem de ninguém, e passa como bem quer, obedecendo as próprias regras. Contrariando qualquer regra, surge o amor. Aquele sentimento que ás vezes nós fugimos, muitas vezes nos escondemos, ou tememos, mas no fundo somos loucos pra viver.
   O amor é sim uma coisa louca, como diriam músicos, poetas, e profetas do tempo.  Bate à porta quando quer, surpreende, assusta, e também enlouquece. Aquele que ama, se arrisca todos os dias, porque amar é puramente uma entrega, jogar-se em um rio mesmo não sabendo nadar, pular de paraquedas sem temer a queda, apenas apreciando a paisagem.
   Alguns amores prendem, sufocam, martirizam... E a gente se engana, e a aceita o amor que acreditamos merecer. Quando na verdade, era apego. Amor de verdade liberta.  Amar é ser  livre para estar com um só, quando você poderia estar só. Amar é escolher  todos os dias fazer o outro feliz e ser feliz por isso.
   Mas ninguém disse que essa seria uma tarefa fácil, não é? Amar é complicado também. Exige dedicação e atenção, mas nada disso é forçado quando enxergamos o sorriso sincero e aberto daquele que amamos. Amar é colocar as necessidades de alguém acima das suas, como diria meu bonequinho de neve preferido. Mas antes disso, é fazer das necessidades do outro, as suas também.
   Nada muda o passado, mas juntos somos capazes de mudar o presente e viver um futuro, sim. Nada muda o que vivemos em outras relações, em outras estações da vida, e tudo foi um degrau pra que chegássemos até nós dois.
    Trinta dias depois de o amor bater à nossa porta, eu só faço sala e peço pra ele ficar. E prometo, regar essa semente todos os dias, pra fazer raiz em nossos corações. Que o amor vire rotina, porque presente já foi.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Vinte primaveras

    Leia e ouça: Quem eu sou

   Viver também é envelhecer, antes disso viver é amadurecer. Neste mês completei vinte anos, confesso que estou um pouco desacreditada de como o tempo passou até aqui. Vejo meus priminhos cada vez maiores, e conquistando seus sonhos... Eles que até ontem eram crianças como eu, e hoje ganham o mundo numa nuvem que voa rápido demais. É mais fácil ver os outros crescendo do que você mesmo, né?
     As vinte primaveras chegaram rápido sim. Olho nos olhos dos meus pais e me encho de orgulho por tudo o que fizeram por mim pra chegarmos até aqui. Mais ainda, sou feliz e completa por poder dizer que chegamos juntos, grudadinhos, e cheios de amor.
    Sempre adorei fazer aniversário, não por receber presentes. Eu adoro receber abraços, e faz bem pra qualquer um sentir-se querido, certo? No oitavo dia do último mês do ano, é como se eu não coubesse mais dentro de mim, transbordo de alegria ao ver todo mundo reunido, e esquecendo nem que seja por um diazinho, todos os problemas do ano que já vai acabando.
    É meu ano novo particular. Minha chance de renovar promessas, de conversar comigo mesma e entender quanta coisa mudou desde aquele primeiro aniversário com tema da Branca de Neve. Hoje a festa é dentro de mim, numa alegria que chega de cada abraço e cada desejo de felicidade. Não ligo para os clichês que acompanham esta data, gosto mesmo é da sinceridade no olhar de cada um, que por um segundo se lembrou de mim.

    A meia-noite deste dia, eu só tenho a agradecer. Agradecer por mais um ano, pela vida, pela família maravilhosa, os amigos, e o amor que eu só quero que fique cada dia mais por aqui. E prometer. Prometer viver cada dia com alegria, com paixão, me permitindo... Trilhando o caminho que Deus traçou quando eu nasci, construindo com as bênçãos Dele, uma história bonita de se assistir lá do céu um dia.