Leia e ouça: Último Romance
Cientificamente
o tempo é o senhor de si. Não depende de nada, nem de ninguém, e passa como bem
quer, obedecendo as próprias regras. Contrariando qualquer regra, surge o amor.
Aquele sentimento que ás vezes nós fugimos, muitas vezes nos escondemos, ou
tememos, mas no fundo somos loucos pra viver.
O amor é sim
uma coisa louca, como diriam músicos, poetas, e profetas do tempo. Bate à porta quando quer, surpreende, assusta,
e também enlouquece. Aquele que ama, se arrisca todos os dias, porque amar é
puramente uma entrega, jogar-se em um rio mesmo não sabendo nadar, pular de paraquedas
sem temer a queda, apenas apreciando a paisagem.
Alguns amores
prendem, sufocam, martirizam... E a gente se engana, e a aceita o amor que
acreditamos merecer. Quando na verdade, era apego. Amor de verdade
liberta. Amar é ser livre para estar com um só, quando você
poderia estar só. Amar é escolher todos
os dias fazer o outro feliz e ser feliz por isso.
Mas ninguém disse
que essa seria uma tarefa fácil, não é? Amar é complicado também. Exige dedicação
e atenção, mas nada disso é forçado quando enxergamos o sorriso sincero e
aberto daquele que amamos. Amar é colocar as necessidades de alguém acima das
suas, como diria meu bonequinho de neve preferido. Mas antes disso, é fazer das
necessidades do outro, as suas também.
Nada muda o
passado, mas juntos somos capazes de mudar o presente e viver um futuro, sim.
Nada muda o que vivemos em outras relações, em outras estações da vida, e tudo
foi um degrau pra que chegássemos até nós dois.
Trinta dias
depois de o amor bater à nossa porta, eu só faço sala e peço pra ele ficar. E
prometo, regar essa semente todos os dias, pra fazer raiz em nossos corações. Que o amor vire rotina, porque presente já foi.