Leia e ouça: Dream
Se me perguntassem o que mais gosto em mim, eu diria
sem medo: Minha capacidade de sonhar. É engraçado, eu sei. Um pouco excêntrico,
talvez. Mas eu gosto. Gosto de imaginar como minha vida vai ser daqui pra
frente, gosto de fazer planos, traçar metas, fazer listas...
Sonho antes mesmo de dormir, e pra mim, são os sonhos
que nos movem. Lembro-me de ouvir gente dizendo o quanto isso era bonito,
enquanto outros me diziam o quanto isso poderia ser trágico – e algumas vezes
foram. Eu nunca liguei.
Relembro sorrindo o que um dia ouvi o amor dizer: “ –
Não quero colocar os pés no chão.” Foi como música para os ouvidos e pra alma
da menina que fui, era como se o sonho fosse acabar se descesse da cama, se o
gelado do piso invadisse o corpo, se deixássemos o que vivemos ali, embaixo dos
lençóis.
Hoje eu sei que nada ficou ali. Nem aquele amor, nem
todos os outros que vieram. Hoje, meio crescida, continuo sonhando. E carrego
em mim uma coleção de nuvens, cheias de desejo, uma série de estrelas cadentes
capazes de alcançar o céu em um breve piscar de olhos.
Sei que é preciso tocar o chão. E que os sonhos ainda
continuam depois de saltar da cama. Mais importante do que tudo isso, aprendi
que os sonhos se realizam, e a gente só vive coisas especiais se quiser.
Crescer e abandonar o travesseiro não tem nada a ver com deixar os sonhos pra
lá.
É preciso colocar os pés no chão para viver, é preciso
sonhar para realizar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário