domingo, 28 de dezembro de 2014

A paz que vem das palavras

  Leia e ouça: Electric Sea

  Nesta noite resolvi escrever sobre a razão de escrever ao invés de falar. Não vou mentir que muitas vezes até por aqui as palavras escapam, hoje mesmo, já escrevi mil vezes e apaguei. É que dizem que quando a gente sente demais as palavras expressam de menos, talvez seja mesmo esse o caso, sentir demais. Por sentir demais que eu mais escrevo do que falo, por sentir demais que muitas vezes me embaraço, por sentir demais que ás vezes prefiro o silêncio.
  Há alguns meses, criei esse espaço mais pra mim do que para os outros. E foi por meio dos pontos e das vírgulas que descobri que não estou sozinha.
  Dentro dos meus poucos um metro e meio de altura - um metro e cinquenta e quatro, especificamente - há mais que mil pessoas. E é por isso que dizem que  cada personagem carrega em si um pouco de seu criador. Porque nós escritores, somos demasiados pra ser um só. Inevitavelmente somos exageros, excessos, e acabamos por extrapolar. Pra não extrapolar é que eu escrevo. Pra não engasgar com tamanho exagero que sou. 
  Peço desculpas, muitas vezes eu não sei conversar. Eu sei que sou muito mais interessante quando escrevo, por aqui deixo de lado algumas máscaras que visto durante o dia - e não seja hipócrita,todo mundo veste máscaras -  aqui o meu lado persuasivo, minha eu corajosa, minha mulher despudorada, minha menina mimada, tomam conta de mim e sem aviso prévio ganham voz e vez pra se mostrar.
  É por libertação e redenção que escrevo, é uma forma de clamar e desabafar ao mesmo tempo, um caminho onde encontro a paz- mesmo que temporária- pra minha consciência. E se você chegou aqui, lendo este texto, quero de alguma forma agradecer. agradeço por ter sido ombros ternos e ouvidos atentos pros meus deseperos, por ter sido depósito de desejos e sonhos e por mesmo sem saber me incentivar a continuar.
  
  
  

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