sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Amor em sete sentidos

Leia e ouça: Oceans (Acoustic)

  O amor é uma coisa que se faz. O amor é uma coisa que se faz de olhares - desde o primeiro, curioso, até aqueles olhares demorados pela manhã quando a gente acorda juntos - é algo que se faz de intermináveis esperas, sejam elas as das primeiras respostas no whatsapp ou a do fim de semana na praia pra ficarmos grudados.
   O amor é feito de muitos “ões”. Idealizações, ligações, concessões, canções, e discussões...É feito de perguntas sem respostas, e de vírgulas e tudo o mais. Tem o azul do céu de março, quando nos conhecemos; o laranja daquele lírio que colheu pra me dar; o rosa do meu batom que manchou tua boca naquele beijo roubado.
O amor tem gosto de bala de canela, quente e refrescante ao mesmo tempo.
  O amor é uma coisa que se faz, na cama, na sala ou na cozinha. Mas que se faça todos os dias, e não apenas com palavras. Que se faça amor preparando o jantar no meio da semana, respeitando o direito de sair de casa vestindo saia curta ou bermuda rasgada ,ou dividindo a última Calipso do pacote.
  O amor é uma coisa que nasce. Em Lisboa, Paris, Londres, na Rocinha, no Alemão, em Moema, na Freguesia, aqui ou lá. Porque existe amor em SP, e em qualquer outro canto do mundo, sim.
Amor tem a voz de Caetano, de Tiago, de Maria, de Ana, de Malu, de Cícero. Tem a minha voz, e a sua também.
Amor tem cheiro de pipoca de cinema – daquele filme que não assistimos por motivos óbvios- tem cheiro de flor de cerejeira do perfume dela, tem cheiro de casa quando a gente se encontra no peito do outro.
   Amor é coisa que se faz aos poucos, e que sempre se espera que dure muito.

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